terça-feira, 23 de abril de 2013

O Índio e o Vestibular

Recentemente assistimos dois episódios envolvendo indígenas: a resistência no Rio de Janeiro para desocupar a área do Museu do Índio liberando espaço das obras do Maracanã e a invasão do plenário da Câmara dos Deputados em Brasília em protesto pelo projeto de lei que pode mexer em áreas indígenas.

Tais ações podem gerar questões no Vestibular. Vejam alguns exemplos:

. Presença no escambo: no comércio do pau-brasil o índio cortava a madeira e entregava aos portugueses em troca de espelhos, pentes, facas e outros objetos de pouco valor.

. Ironia nas charges: observe a charge abaixo do livro “História do Brasil para Principiantes” que retrata o escambo em tom irônico: o índio faz um grande esforço para carregar o pau-brasil e o português oferece um simples chaveiro, símbolo de objetos de pouco valor.

NOVAES Carlos Eduardo, LOBO César - História do Brasil para principiantes –- Editora Ática – São Paulo – p.40

. Visão Eurocêntrica: Quem levava vantagem no escambo: o português ou o índio. Provavelmente você respondeu o português. Agora pense um pouco. Qual a utilidade do pau-brasil para o índio? Nenhuma! Era uma madeira abundante no litoral, enquanto que espelhos e objetos de metais eram raros, úteis e, portanto, valiosos para a cultura indígena. E por que a maioria considera que o português levou vantagem? O motivo é simples: pensamos com a cultura capitalista eurocêntrica onde levamos em conta o valor financeiro da madeira, muito mais cara que a bugigangas dadas em troca.

. A Catequese nas Missões Jesuíticas: no contexto da Contrarreforma católica, os jesuítas vieram ao Brasil para catequisar os indígenas, ou seja, ensinar a fé católica. Uma estratégia usada consistia em aprender a língua para facilitar a comunicação e transmissão dos ensinamentos.

Veja este breve relato da Contrarreforma, abordando a questão da Inquisição e dos Jesuítas:


. A Guerra Guaranítica (1750-1754):  é o nome que se dá aos violentos conflitos que envolvem os índios guaranis e as tropas espanholas e portuguesas no sul do Brasil após a assinatura do Tratado de Madri, em 1750. Os índios guaranis da região dos Sete Povos das Missões recusam-se a deixar suas terras no território do Rio Grande do Sul e a se transferir para o outro lado do rio Uruguai, conforme ficara acertado no acordo de limites entre Portugal e Espanha. Com o apoio parcial dos jesuítas, no início de 1753 os índios guaranis missioneiros começam a impedir os trabalhos de demarcação da fronteira e anunciam a decisão de não sair da região dos Sete Povos. Em resposta, as autoridades enviam tropas contra os nativos, e a guerra eclode em 1754. Os castelhanos, vindos de Buenos Aires e Montevidéu, atacam pelo sul, e os portugueses, enviados do Rio de Janeiro sob o comando do general Gomes Freire, entram pelo rio Jacuí. Juntando depois as tropas na fronteira com o Uruguai, os dois exércitos sobem e atacam frontalmente os batalhões indígenas, dominando Sete Povos em maio de 1756. Chega ao fim a resistência guarani. (Fonte: Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Guaran%C3%ADtica)
Vídeo do jornalista e escritor Eduardo Bueno sobre Sepé Tiaraju, indígena que participou da Guerra Guaranítica: 

Para informações gerais sobre os indígenas veja este filme de cerca de 8 minutos:



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