domingo, 14 de abril de 2013

Sociedade que se Transforma

Segue um resumo da reportagem do Jornal O Globo do domingo (07/04/13) analisando o impacto da nova lei das domésticas sobre a sociedade brasileira.

Antes de ler o texto, veja este infográfico da "lei das domésticas" para entender o assunto: http://ortizlainetti.wordpress.com/2013/04/04/infografico-nova-lei-das-domesticas-entenda-o-que-muda/

Sociedade que se Transforma
O Globo - 7/4/2013

Nova lei das domésticas pode desencadear avanços na educação, no trabalho e dentro de casa

A equiparação de direitos de um universo de quase 7 milhões de domésticos ao restante dos trabalhadores do país tem potencial para desencadear uma onda de avanços na sociedade brasileira, se houver pressão nas empresas, no governo e dentro das famílias. Mesmo o serviço doméstico estando presente em apenas 10% dos lares brasileiros, o aumento de custo com os novos direitos pode levar essas famílias, concentradas na classe média, a reivindicar mais creches, que só alcançam 20,8% das crianças de até 3 anos, mais escolas em tempo integral e divisão igualitária das tarefas da casa.


O desafio é grande. Escolas em tempo integral representam pouco mais de 8%, parcela que considera somente as públicas. Entre as particulares, 1,9%. Somente 8% das grandes empresas brasileiras oferecem creche nos locais de trabalho. As mulheres gastam mais que o dobro do tempo dos homens nos afazeres domésticos. O grau de automação doméstica ainda está distante de países mais desenvolvidos socialmente. Este é o momento de fazer pressão. Pelas previsões dos analistas, o contingente desses trabalhadores tende a cair drasticamente nos próximos anos. De 2009 para 2011, 556 mil deixaram o serviço doméstico no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad). Especialistas são unânimes em comemorar a igualdade de direitos num processo sem volta de modernização e formalização da sociedade brasileira, que vai carregar esse contingente de domésticas, que ainda lutam para fazer valer seus direitos: a carteira assinada, obrigatória desde 1973, só alcança 30,7% delas, metade da média do mercado. E, em metrópoles como Recife e Salvador, o salário não chega ao mínimo.

Mudanças Possíveis:
·       Na família: divisão de tarefas e mudança de hábitos.
·       Em casa: automação é um dos caminhos.
·       No trabalho: filhos por perto e mais tempo em casa.
·       Poder público: a pressão por mais creche e transporte.

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